domingo, 30 de janeiro de 2011

Marcas do expressionismo

O MAB/FAAP inicia o ano de 2011 com obras de seu acervo. A exposição  "Marcas do expressionismo - acervo MAB/FAAP" (de 15 de fevereiro a 29 de maio) apresentará as reverberações do Expressionismo por meio de cerca de 90 obras de 23 artistas.
Agendamentos e maiores informações: 3662-7200.
Venha nos visitar!
 

Tudo de novo... ou tudo novo?

No dia 02/02, retornaremos às aulas e sempre dizemos "tudo de novo", refletindo, disse para mim mesma: "Por que não mudar?", "será mesmo isso?", na verdade não é, somos os mesmos, mas o ano é outro, as expectativas também. Por isso quero deixar aqui para todos: Feliz tudo de novo, pois, com certeza, teremos a oportunidade de fazermos mudanças em nossas vidas para melhor, para que em nossa volta todos melhorem. Rosana Motta.

Filosofia / Sociologia ; SUPLEMENTO 01.


Disciplina:       FILOSOFIA/ SOCIOLOGIA             

                                   Educadora: Sandra Pinho

ENSINO MÉDIO        .

1º Bimestre/ 2011

ÉTICA .
Suplemento Nº:   01


Obs: o texto a seguir é sugestão do Convênio ANGLO Sistema de Ensino.

"   Fato

No dia 22 de outubro de 2009, uma aluna do curso de Turismo da UNIBAN (Universidade Bandeirante) foi hostilizada dentro da faculdade pelos colegas, que criticavam sua roupa e seu comportamento. O texto que segue relata o episódio. Estava uma muvuca no corredor, a maioria das pessoas estava lá gritando, tentando tirar foto da menina. Alguns até filmaram e colocaram no Youtube.
As salas são tipo aquário, aí cobriram a sala que a menina estava com algum pano branco ou papel. Tiveram que tampar o vidro porque ficavam mexendo com a menina. Foi de noite, em horário de aula. A polícia entrou na sala e ela conseguiu sair de lá escoltada por cinco policiais, na hora do intervalo. (...) “Só porque a menina estava com uma blusinha para usar com legging (mas sem a legging) não precisava disso tudo. Não era roupa para ir para a faculdade, mas na balada você encontra coisa pior. Parecia que nunca tinham visto mulher na vida, e todos ficaram fazendo piadinhas e ficavam gritando, chamando a menina de p., vadia, essas coisas. Ela falou para a coordenação da faculdade que não foi assim para chamar a atenção, que ela só foi assim porque depois ia direto pra balada.
Disponível em: <http://mtv.uol.com.br/noticias/loira-dauniban-
leia-comunicado-da-faculdade-e-saiba-o-que-aconteceu>.Acesso em: 9 nov. 2009.

O Conselho Superior da UNIBAN decidiu suspender os alunos que causaram o tumulto e expulsar a aluna, que foi considerada a principal responsável pelo episódio.
No dia 10 de novembro, após manifestações contra a expulsão da aluna e um pedido de explicação por parte do MEC (Ministério da Educação), a Universidade voltou atrás: readmitiu a aluna e suspendeu qualquer investigação sobre os demais envolvidos. Tomando por base os textos que seguem, reflita sobre esse episódio.

Repercussão

1. Vamos aplicar os fatos na vida de todos: quem aqui deixaria a filha, namorada ou a mãe ir para uma universidade vestindo uma microssaia que ao sentar mostra suas partes íntimas? Se ela fosse à praia com uma microssaia ninguém ia chamar de p.! Mas ela estava em uma universidade repleta de jovens com hormônios à flor da pele! Quantas garotas vão à universidade,ao trabalho, à igreja, etc., com microssaias? Ela queria chamar atenção e conseguiu! Ter fama de santinha, garota de família é que ela não ia conseguir vestindo uma microssaia. (Extraído da comunidade Uniban no Orkut.)
Disponível em: <http://mtv.uol.com.br/noticias/loira-da-uniban-leiacomunicado-da-faculdade-e-saiba-o-que-aconteceu>.Acesso em: 9 nov. 2009.

2. Há locais e locais onde a gente pode usar certas roupas. Então, acho que a expulsão se justifica. A menina abusou. (Vestibulanda, 25 anos.)

3. É radical, mas tem que expulsar mesmo. Aquilo não é roupa para ir à aula. É um ambiente de respeito.
(Vestibulanda, 23 anos.)
Disponível em: <http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=562CID009>. Acesso em: 9 nov. 2009.

Análise

Texto 1
Entre esses boçais, houve aqueles que explicaram o acontecido como um “justo” protesto contra a “inadequação” da roupa da colega. Difícil levá-los a sério, visto que uma boa metade deles saiu das salas de aula com seu chapéu cravado na cabeça.
Então, o que aconteceu? Para responder, demos uma volta pelos estádios de futebol ou pelas salas de estar das famílias na hora da transmissão de um jogo. Pois bem, nos estádios ou nas salas, todos (maiores ou menores) vocalizam sua opinião dos jogadores e da torcida do time adversário (assim como do árbitro, claro, sempre “vendido”) de duas maneiras fundamentais: “v.” e “filhos da p.”.
Esses insultos são invariavelmente escolhidos por serem, na opinião de ambas as torcidas, os que mais podem ferir os adversários. E o método da escolha é simples: a gente sempre acha que o pior insulto é o que mais nos ofenderia. Ou seja, “v.” e “filhos da p.” são os insultos que todos lançam porque são os que ninguém quer ouvir. Cuidado: “v.”, nesse caso, não significa genericamente homossexual. (...) “V.”, nesse insulto, está mais para “bichinha”, “mulherzinha” ou, simplesmente, “mulher”. Quanto a “filho da p.”, é óbvio que ninguém acredita que todas as mães da torcida adversa sejam profissionais do sexo. “P.”, nesse caso (assim como no coro da UNIBAN), significa mulher licenciosa, mulher que poderia (pasme!) gostar de sexo.
Os membros das torcidas e os 700 da UNIBAN descobrem assim um terreno comum: é o ódio do feminino – não das mulheres como gênero, mas do feminino, ou seja, da ideia de que as mulheres tenham ou possam ter um desejo próprio. [A violência] é, para essas turbas, o grande remédio:punitivo e corretivo. Como assim? Simples: uma mulher se aventura a desejar? Ela tem a impudência de “querer”? Pois vamos lhe lembrar que sexo, para ela, deve permanecer um sofrimento imposto, uma violência sofrida − nunca uma iniciativa ou um prazer. A violência e o desprezo aplicados coletivamente pelo grupo só servem para esconder a insuficiência de cada um, se ele tivesse que responder ao desejo e às expectativas de uma parceira, em vez de lhe impor uma transa forçada. (...)
Contardo Calligaris. “A turba da UNIBAN”. Folha de S.Paulo,
6/11/2009, p. E15. (Adaptado.)

Texto 2
Pode causar ainda mais espanto o fato de que a multidão não tinha sexo. Homens e mulheres perseguiam o vestido rosa com fúria semelhante. Há mesmo quem conte que a confusão foi provocada por uma estudante. Mas isso não significa que a violência seja moralmente neutra quanto à desigualdade de gênero. É uma lógica machista a que alimenta sentimentos de indignação e ultraje por um vestido curto em uma mulher. A sociologia do vestuário é um recurso retórico para encobrir a real causa da violência - a opressão do corpo feminino. Não é
o vestido rosa que incomoda a multidão, mas o vestido rosa em um corpo de mulher que não se submete ao puritanismo.
Não há nada que justifique o uso da violência para disciplinar as mulheres. Nem mesmo a situação hipotética de uma mulher sem roupas justificaria o caso. Mas parece que uma mulher em um vestido insinuante provoca mais fúria e indignação que a nudez. O vestido rosa seria o sinal da imoralidade feminina, ao passo que a nudez denunciaria a loucura. A verdade é que não há nem imoralidade, nem loucura. Há simplesmente uma sociedade desigual e que acredita disciplinar os corpos femininos pela violência. Nem que seja pela humilhação e pela vergonha de um vestido rosa.
Debora Diniz. “O urro ancestral da Faculdade injuriada”. O Estado de
S.Paulo, 1/11/2009, p. J6.

Documento

Trecho do Comunicado oficial da UNIBAN Foi apurado que a aluna tem frequentado as dependências da unidade em trajes inadequados, indicando uma postura incompatível com o ambiente da universidade, e, apesar de alertada, não modificou seu comportamento. A sindicância apurou que, no dia da ocorrência dos fatos, a aluna fez um percurso maior que o habitual aumentando sua exposição e ensejando, de forma, explícita, os apelos dos alunos que se manifestavam em relação à sua postura, chegando, inclusive, a posar para fotos. Novamente, a aluna optou por um percurso maior ao se dirigir ao toalete, o que alimentou a curiosidade e o interesse de mais alunos e alunas, tendo início, então, uma aglomeração em frente ao local.
Depoimentos de colegas indicam que, no interior do toalete feminino, a aluna se negou a complementar sua vestimenta para desfazer o clima que havia criado. Foi constatado que a atitude provocativa da aluna, no dia 22 de outubro, buscou chamar a atenção para si por conta de gestos e modos de se expressar, o que resultou numa reação coletiva de defesa do ambiente escolar.
Em seu depoimento perante a comissão, a aluna demonstrou um comportamento instável, que oscilava entre a euforia e o desinteresse, e estava acompanhada de dois advogados e uma estagiária vinculados a uma rede de televisão.
Folha de S. Paulo, 9/11/2009, p. C11.


Trecho do Artigo 5º da Constituição federal
Todos são iguais perante a lei, sem distinção dequalquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: I – homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
III – ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
XV – é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens.   "

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Proposta de atividade ( após debate em aula ) resposta dissertativas devem ser entregues : 1º NA  14/02
                      3º NA  16/02 

  1. A referida aluna ( do vestido rosa) tinha o direito de agir/reagir da maneira como fez ? Justifique sua resposta.
  2. Qual (is) o(s) limite(s) do comportamento Ético quando estamos num ambiente coletivo ? A referida aluna e o demais agiram de maneira coerente com a Ética ? Justifique sua resposta.
  3. Podemos (todos / indiscriminadamente ) agir/reagir de acordo com nossos interesses motivadores próprios em qualquer circunstância ? Por quê?
Grata  a até a próxima atividade.
Profª Sandra Pinho


sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Nome??

Olá...
o nome está como sugestão ( provisório ou não)
postem ou escrevam
nos falaremos...